O diretor de assuntos internacionais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Vicente Cândido da Silva, participou de um debate sobre o futebol brasileiro na manhã desta sexta-feira (16), no hall da Arena da Floresta, em Rio Branco, capital do Acre. Na oportunidade, o dirigente recebeu do acreano, de família libanesa, Abrahim Farhat Neto, uma camisa da Palestina e uma proposta ousada: um amistoso entre as seleções do Brasil e da Palestina no Acre.
- Eu acredito que pode ser aqui. É uma tentativa - disse o ativista de 74 anos, Comitê Acreano de Solidariedade à Causa Palestina. Ele recebeu a camisa por correio, da Embaixada da Palestina no Brasil.
Vicente (à esquerda) recebe camisa da Palestina e proposta de amistoso da Seleção (Foto: Nathacha Albuquerque)
Indagado sobre a possibilidade da Arena da Floresta (com capacidade para 13.500 torcedores sentados) receber uma partida amistosa da Seleção (masculina olímpica ou feminina), Vicente Cândido da Silva, da CBF, reforçou que a ideia da entidade é levar cada vez mais o time para as regiões afastadas do país.
- Sempre terá (chance de receber seleções). Está na nossa meta a gente interiorizar esses eventos para você criar público, fazer o debate, a organização, fazer um evento da seleção brasileira com a seleção palestina, esse lado social, com outras nações que têm dificuldade. Tudo isso tem que estar no calendário do futebol.
Em dezembro de 2006, na inauguração da Arena da Floresta, diante de 20 mil pessoas, a seleção brasileira sub-20 foi derrotada por 2 a 1 pelo Rio Branco-AC em amistoso.
Revolução no futebol brasileiro
Revolução no futebol brasileiro
Vicente, dirigente da CBF, em visita ao Acre (Foto: Nathacha Albuquerque)
A partir de 2017, o Campeonato Brasileiro será vendido pelo dobro da arrecadação atual. Hoje, segundo o dirigente, a CBF dispõe de R$ 100 milhões por ano para organizar as Séries C e D do Brasileiro - recurso que antes não estava disponível. Descentralizar os recursos e saber vender o futebol, para Vicente, são os pontos que precisam ser debatidos para a modalidade avançar no país.
- (Copa Verde) É um torneio importante, assim como a Copa do Nordeste. Hoje, o Nordeste é autossuficiente. A tendência é fazer torneios regionais e locais, como é feito na prática americana. O Brasil tem que estudar um pouco esse modelo, para ter calendário o ano inteiro, senão o time participa do estadual com oito times e o resto do ano faz o quê? Um ou outro vai para a Copa Verde e depois? Temos que fazer uma revolução no modelo de organização do esporte brasileiro. Temos que aprender a vender melhor o nosso futebol - declarou o dirigente. Por João Paulo Maia e Nathacha Albuquerque Rio Branco, AC
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