quinta-feira, 16 de julho de 2015

Handebol: remanescentes de 2003, Dani e Alê querem o tetra em Toronto


Com o corte da capitã Dara, dupla de 36 e 33 anos tem a chance de conquistar a quarta medalha dourada Pan-Americana. Estreia será contra seleção de Porto Rico

Por Direto de Toronto, Canadá
Dani Piedade e Alexandra Nascimento na Vila do Pan (Foto: Arquivo Pessoal)Dani Piedade e Alexandra Nascimento na Vila do Pan (Foto: Arquivo Pessoal)
 
Quando entra em quadra, Dani Piedade cerra os punhos, fecha a expressão e comanda a defesa brasileira. É dona de um dos melhores preparos físicos do time e superou um AVC para ser campeã do mundo em 2013. Talentosa, Alê faz magia nas pontas. É sempre uma das artilheiras do Brasil e foi eleita a melhor do mundo em 2012. A dupla, essencial para a vencedora geração do handebol brasileiro, pode escrever um capítulo especial nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.



Tricampeãs consecutivas da competição (Santo Domingo 2003, Rio 2007 e Guadalajara 2011), elas buscam um tetracampeonato para se eternizarem na história pan-americana. Contando com a experiência das duas, que tem 36 e 33 anos, a seleção feminina de handebol espera manter sua hegemonia.

A estreia será diante de Porto Rico, e o grupo brasileiro conta ainda com México e Canadá. No Grupo B estão Argentina, Chile, Uruguai e Cuba. Sem grandes rivais pela frente e vinda do título do Pan-Americano da modalidade, em Cuba, o que confirma o amplo favoritismo brasileiro, a pivô Dani Piedade explica que o torneio não é tratado como uma "baba" e sim visto como uma oportunidade de reunir o grupo e se preparar para o Mundial da Dinamarca, em dezembro.

- São 15 anos de seleção. O Pan é uma Mini-Olimpíadas. O sistema é bem parecido. O espírito é meio-olímpico. Eu e Alê temos o mesmo espírito de continuar ganhando. Cada ano que passa é um foco diferente. O Pan é uma perna para outras competições. É um momento para treinar, corrigir os erros. Esse é o espírito. Vamos ficar em uma Vila, conhecemos outras pessoas. Aproveitamos, nos desenvolvemos. Ter a oportunidade de ser tetracampeã dos Jogos Pan-Americanos também é uma grande motivação e dá um gostinho a mais para Toronto - disse Dani Piedade.

Dani Piedade, handebol, Brasil (Foto: Alexandre Loureiro/Photo&Grafia)Dani Piedade, handebol, Brasil (Foto: Alexandre Loureiro/Photo&Grafia)

Alê destaca que jogar o Pan é uma oportunidade de reunir o grupo. Até o título mundial em 2013, na Sérvia, grande parte do time do Brasil jogava junto no Hypo, na Áustria. Hoje, cada uma seguiu seu caminho e as meninas estão espalhadas pela Europa. Assim, duas semanas de convívio e treinos em Toronto são a chance de aparar arestas. Além disso, o Pan sempre traz boas lembranças para Alexandra. No Rio, em 2007, no bicampeonato brasileiro, ela foi pedida em casamento pelo chileno Patito. E aceitou.

- Infelizmente meu marido não vai estar no Pan de Toronto com a seleção do Chile. Mas com certeza tenho ótimas recordações do Pan e me lembro como se fosse hoje ele me pedindo em casamento. Lá se vão oito anos. Graças a Deus conseguimos seguir mesmo com a distância e  nos casar. No dia 9 de julho fizemos 4 anos de casados e dez anos que estamos juntos. o handebol proporcionou tudo em nossas vidas, até encontrar nossa alma gêmea - brincou Alê.

Alexandra Nascimento voa para vencer a goleira da Argentina (Foto: Divulgação/Photo&Grafia)Alexandra Nascimento voa para vencer a goleira da Argentina (Foto: Divulgação/Photo&Grafia)
 
Para o torneio em Toronto, o Brasil ainda não terá a atual melhor jogadora do mundo, a armadora esquerda Duda. Recuperando-se de uma lesão no joelho esquerdo, a atleta está sendo preparada para o Mundial de dezembro. A capitã Dara foi desfalque de última hora com uma trombose venosa na perna direita. Mesmo assim, o técnico Morten Soubak não esconde de ninguém o grande favoritismo brasileiro. Pelo contrário.
Ele procura não menosprezar os rivais, e explica o real sentido dos Jogos.

- Está muito claro para mim que temos que aproveitar os dias da competição para treinar forte. Isso tem que servir para outras competições que vamos participar, que serão diferentes. Com todo respeito aos times das Américas, como Cuba Argentina, Paraguai e México, que avançaram, vamos defender mais um título, vamos conquistar, mas temos que aproveitar Toronto para nos prepararmos para o Mundial em dezembro e para as Olimpíadas. no ano que vem.

Chaveamento
Grupo A - Brasil, Canadá, México e Porto Rico
Grupo B - Argentina, Chile, Uruguai e Cuba
Programação

1ª fase
16/07 - 11:30 - Brasil x Porto Rico
18/07 - 11:30 - Brasil x Canadá
20/07 - 13:30 - Brasil x México

Semifinais 
22/07 - 13h30

Final e disputa de terceiro lugar
24/07 - 20h
Por Globo Esporte

Calderano tem mala aberta e parte do uniforme furtada a caminho do Pan


Mesatenista relata em sua conta no Instagram o ocorrido e, reforçando estar bem, pede força dos torcedores para os Jogos em Toronto: "Torce aí, galera"


 Hugo Calderano teve uma surpresa desagradável rumo aos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O mesatenista teve sua bagagem aberta e parte de seu uniforme furtado na noite de quarta-feira durante a conexão para São Paulo, de onde partiu para a competição no Canadá. Em sua conta no Instagram, o atleta carioca relatou o ocorrido, e aproveitou para pedir o apoio da torcida na luta pelas medalhas no Canadá.

- A caminho do Pan! No voo entre Rio e SP abriram minha mala e roubaram peças do meu uniforme mas tô tranquilo! Torce aí galera! – postou Calderano, esperança do tênis de mesa brasileiro no Pan.

O incidente com o mesatenista de 19 anos é mais um envolvendo furto de material de atletas que disputarão o Pan. Uma série de furtos de uniformes e materiais do Time Brasil no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, fez com que os atletas brasileiros precisassem embalar suas malas, com o emblema da delegação, com uma proteção reforçada de plástico antes de embarcar para os Jogos de Toronto.

 Por Rio de Janeiro

Previsão: dia vazio deve dar ""apenas"" dois ouros para o Brasil



Thiago Pereira natação Pan
Os Jogos Pan-Americanos vão colocar o pé no freio nesta quinta-feira. Apenas 19 medalhas de ouro serão entregues e, na teoria, o Brasil tem chance real em poucas provas, sendo favorito absoluto em apenas uma.

Sendo favorito ao título em uma prova, e com chances em outras três, acho que o país leva dois títulos.

Thiago Pereira nada pelo 15º ouro na carreira em Jogos Pan-Americanos. É o favorito absoluto na prova que é atual bicampeão do evento, os 400m medley. Nas outras provas de natação, Joanna briga pelo bronze nos 400m medley, assim como Daynara de Paula e Daiene nos 100m borboleta. O revezamento 4x200m vai brigar pela prata, e para baixar o recorde sul-americano. Por fim, os 100m borboleta é uma grande incógnita.

Na luta olímpica está uma boa chance de título para o Brasil. Joice Silva tenta o ouro na cateogria até 58kg, categoria na qual é atual campeã continental (venceu o torneio neste ano, em abril). Ainda pode vir outro bronze nas outras categorias.

O ciclismo pista deve fazer história hoje. O Brasil não conquista um pódio na modalidade desde 1995, e a equipe de velocidade masculina tem tudo para ser bronze no Pan.

O dia deve ser bem proveitoso para Cuba na luta olímpica, e para os Estados Unidos que, com possíveis ouros no tiro, luta, badminton, natação e tênis, pode assumir a ponta do quadro de medalhas.
por Guilherme Costa